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15/09/2015

Diário do Alto do Tietê: Registro de Imóveis - Arthur Del Guércio Neto

Agosto/2015 - Diário do Alto do Tietê: Arthur Del Guércio Neto – Registro de Imoveis.


Quem não registra não é dono! Esta frase é muito utilizada pelos cartórios de registro de imóveis, visando informar de maneira simples à população a finalidade do registro imobiliário.

No Brasil, o procedimento habitual de transmissão da propriedade é composto por basicamente duas etapas: contrato e registro.

O contrato tem como forma mais segura e adequada a escritura pública, lavrada com exclusividade pelos Tabeliães de Notas.

O registro é realizado pelo Oficial de Registro de Imóveis da localidade do imóvel, com a marca da territorialidade, no documento denominado matrícula, a qual concentra todos os atos relevantes ao imóvel.

Muitas vezes as pessoas lavram a escritura pública, mas não a encaminham para registro, fato que pode gerar inúmeros problemas, não só para o comprador, mas também paro vendedor.

O comprador, por exemplo, ao não registrar sua escritura pública, não é considerado juridicamente dono do bem imóvel; caso esteja diante de um vendedor de má-fé, a omissão pode até gerar uma segunda venda do bem adquirido, pois a matrícula não recebeu a informação da escritura. Nesse mesmo exemplo, ainda que não haja má-fé, pode ocorrer do vendedor falecer, e caso os herdeiros desconheçam a escritura, podem arrolar o bem no patrimônio a ser inventariado.

A ausência do registro pode gerar consequências desagradáveis também ao vendedor. Se o comprador deixar de pagar o IPTU, o município poderá utilizar os dados da matrícula do imóvel como base para as medidas de cobrança.
Nos dias atuais, o registro é um procedimento rápido, podendo inclusive ser feito por meio eletrônico, em mais uma demonstração da adequação dos cartórios aos tempos modernos.

O custo é condizente com a relevância do serviço prestado, além de bastante razoável se comparado ao valor do negócio jurídico.

Dessa forma, recomenda-se que os compradores de imóveis efetuem o registro de seus contratos, visando serem considerados, juridicamente, donos desses imóveis adquiridos, fato que garantirá tranquilidade e segurança jurídica à população.